Leio na Folha de S. Paulo que a passeata gay realizada neste fim de semana em Moscou terminou em agressões, prisões e com alguns participantes - eles eram pouquíssimos - feridos. Enquanto passavam pelo centro da cidade, os manifestantes ouviam dos populares que Moscou não era Sodoma e que a pederastia deveria ser banida. Segundo o jornal, o homossexualismo deixou de ser crime na Rússia há alguns anos, mas a tolerância do país é baixíssima.
Meia hora depois, navegando pelo site do Terra, vejo que na Austrália o dono de um bar gay conseguiu na justiça o direito de impedir a entrada de heterossexuais em seu estabelecimento. Segundo ele, os homens gays estariam se sentindo constrangidos ao ser observados pela clientela hétero - algo como animais num zoológico, para repetir aqui a metáfora que eles mesmos usaram.
Depois, voltando ao jornal impresso (que mania esta de procurar tanta notícia logo numa segunda-feira), vejo que a administração Bush não vai assinar uma proposta redigida pelo países do G-8 para a redução da emissão de gases nos próximos anos, o que seria uma maneira de reduzir o aquecimento global pelas próximas décadas. Bush, como tem feito nos últimos tempos, reafirma que o crescimento econômico do seu país e a manutenção do seu PIB são muito mais importantes que a preservação da humanidade como um todo. O maior genocida ambiental de nossa era parece não perceber algo simples demais: o que os Estados Unidos vão fazer com seu pujante parque industrial e seus bilhões de dólares, aliás, cada vez menos valorizados, em um planeta que em pouco tempo talvez deixe de existir?
Moral da história: parece que estamos longe mesmo de um mundo que dê espaço para a convivência e a tolerância. Gays não entram aqui, héteros não entram ali e, enquanto isso, a temperatura da Terra vai subindo, subindo, subindo....e o mundo inteiro continua a olhar apenas para seu umbiguinho cada vez mais sujo.
segunda-feira, maio 28, 2007
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