quinta-feira, maio 08, 2008

Sinto muito, seu tempo acabou.

O canal pago HBO vem divulgando, em anúncios de página inteira, a estréia de sua nova minissérie, Em Terapia, que começa a ser exibida na próxima segunda-feira, dia 12, às 20h30. Serão 43 episódios de pouco mais de meia hora cada um, que devem ocupar as telas da emissora até meados de julho. Em Terapia ousou invadir um dos últimos redutos de privacidade dos tempos modernos - o consultório de um psicanalista. E, após assistir aos dois primeiros capítulos da série, em uma sessão exclusiva para a imprensa, posso afirmar sem exageros: vai ser difícil sair de casa nas noites em que o programa estiver sendo exibido.

Muito superior a bobagens como Big Brother, Simple Life e Trocando de Família, ainda que, a exemplo destes programas, também recorra à mesma cartilha de agradar os curiosos, Em Terapia é um projeto ousado e inteligente, sustentado por bons diálogos, interpretações convincentes e um repertório de casos psicanalíticos aparentemente comuns, como ciúmes, amores não correspondidos, traições e arrependimentos - ou seja, o telespectador não terá dificuldade para imaginar-se sentado no sofá do terapeuta vivido pelo ator Gabriel Byrne.

Não vou me estender mais sobre a série, para não tirar o prazer da novidade. Gostaria de dizer, apenas, que a cada noite teremos um personagem diferente na sessão de análise. E, nas noites de sexta, encerrando a semana, é a vez de o terapeuta contar os seus problemas para o seu analista, no que promete ser uma deliciosa inversão de papéis. Não há tomadas externas, cenas de flashback ou qualquer outro recurso destinado a conferir mais agilidade à narrativa. Em Terapia é teatro filmado. E dos bons.

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