Saí para almoçar com um amigo que eu não via fazia um tempinho. Ele me contou que, dia desses, conheceu uma garota enquanto ia para a padaria. Eles se cruzaram na rua e ela olhou com insistência para ele, o que o encorajou a pedir o número do telefone dela. Ela deu. Naquela mesma noite, ele lhe telefonou. Ela disse que morava ali no bairro, e que ele estava convidado a visitá-la na mesma hora. Ele foi. Rolou.
Depois desse primeiro encontro, ele foi lá outras vezes. Na última vez em que a visitou, ele estava voltando da padaria. E ele terminou seu relato com a seguinte frase, na minha opinião já histórica. "Eu ando tão pouco romântico, mas tão pouco romântico que, saindo da padaria, eu passei na casa dela, fiz o que tinha de fazer e, ao chegar em casa, o pão ainda estava quentinho".
quarta-feira, julho 21, 2010
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6 comentários:
Não é moralismo (espero), mas esse tipo de abordagem só poderia dar nessa frieza final. Sexo como mais um produto, assim como o pão.
Ah, mas de repente pode ser divertido, pelo menos por um tempinho. Não dá pra estabelecer uma relação de filme francês, claro, mas - como diz o Eça de Queiroz - é muito bom como higiene...
Claro que é divertido, assim como o pão é gostoso. Mas é mais um produto.
Enquanto pros dois a coisa ficar no "é tudo somente sexo e amizade", tá bom. O duro é quando um se apaixona e o outro não corresponde. Aí complica. Uma relação que começa no mistério, no olhar, num esbarrar de pele, nos encontros "por acaso", demorando pra partir pros "finalmente", tem todo um encanto, mas não é garantia de relação promissora; assim como um encontro que acontece do dia pra noite não tem que necessariamente estar fadado a terminar num verão.
A questão aqui nem é a rapidez dos acontecimentos, mas sim, que não rolou um encanto a mais, porque se tivesse rolado, esse pão tinha virado é torrada...
Abraço!
P.S.: nossa, mais um pouco e escrevo uma tese. Sorry! rs
Achei interessante a frase do seu amigo. Coloquei no meu Tumblr: http://umpulha.tumblr.com/post/875274603/
P.S.: todos estamos menos românticos.
Que nheca! Mas pelo menos ele reconhece a própria incúria.
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