O caderno Ilustrada da Folha de S. Paulo trouxe, no último domingo, uma entrevista muito interessante com o diretor Jayme Monjardin, a propósito do lançamento da minissérie Maysa, inspirada na genial cantora de voz grave e dolorida que, por sinal, foi também sua mãe. Para se dedicar à carreira, ou talvez pela compreensível dificuldade em educar uma criança, Maysa concordou que o filho, ainda garoto, fosse enviado a um colégio interno na Espanha, onde ele passou anos de uma solidão impressionante. Este foi apenas um dos episódios de sua infância sobre o qual Monjardin resolveu falar. E arrematou a entrevista dizendo que não se sentia vítima de nada, que entendia as atitudes que a mãe tomou ao longo da vida e que aceitava o fato de que pagara o preço por ser filho de uma grande artista. Ponto para ele.
Até que ontem a Rede Globo exibiu o primeiro capítulo da minissérie, que parece ter alcançado índices históricos no ibope, algo em torno de 30 pontos. Fiquei em casa para assistir e, confesso aqui, não acreditei no que vi. Dos diálogos às falhas na escalação do elenco, da reconstituição de época à apresentação dos personagens, era tudo tão precário e melodramático que fica difícil acreditar que não tenha havido, por parte do diretor, uma impossibilidade de se haver com a mãe após tantos episódios de abandono e indiferença. Maysa, que fez gravações históricas e definitivas de clássicos como Chão de Estrelas e Ne me Quitte Pas, merecia um pouquinho mais de carinho.
terça-feira, janeiro 06, 2009
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7 comentários:
o que mais me incomodou foi o dramalhão mexicano na cena que antecede a morte dela. Dos pais dizendo "não vá, minha filha" "durma aqui e vá para maricá de manhã" "você está cansada demais". Isso foi forçaaado. Sem contar o último olhar de Maysa para os pais... hehehe
mas não achei a minissérie tãaaao péssima vai...
beijos, Sérgio
Pri, querida. Que bom vê-la por aqui. É que eu confesso que esperava mais da minissérie. Eles passaram tanto tempo trabalhando nesta produção, vieram a São Paulo atrás de ótimos atores de teatro e, de repente, a impressão que eu tive é que não souberam aproveitar o bom material que tinham em mãos. Vamos ver como continua agora, né?
beijo e valeu pela visita
Tadinha da Maysa!
achei que era impressão minha. essa história merecia muito mais poesia e menos televisão!!!
beijos!
Roveri querido , finalmente alguém tem a mesma opinião minha .... Acho que esse senhor deveria usar o sobrenome do pai dele , JAYME MATARAZZO , uma vez que ele resolveu carregar nas tintas preconceituosas do pai e acabou pondo tudo a perder .
Que pena que a MAYSA esteja sendo ofendida em sua memória , pelo seu próprio filho !!!
Abraço grande !
Isabela e Alberico, meus queridos. Como vocês, eu também fiquei decepcionado com a minissérie. Sei que está fazendo um sucessão e tem muita gente gostando, mas continuo achando que a Maysa merecia ser tratada de forma mais bacana. beijão
achei alguns atores meio desconfortaveis...não seria teatral, mas não verdadeiro, ali, presente...
o texto vamos combinar que é péssimo...Manoel Carlos se perde quando não tem leblon,rs
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