Há tempos que as entrevistas coletivas se transformaram em uma das atividades mais chatas e maçantes do exercício do jornalismo. Qualquer repórter, com um mínimo de experiência, consegue extrair informações muito mais relevantes em uma conversa de dez minutos a sós com um entrevistado do que numa coletiva de duas horas. Não sei como são as coletivas nas áreas de economia e política, mas quando o assunto é teatro, posso garantir aqui que elas são chatérrimas.
Embora eu não goste das coletivas e não tenha medo de afirmar isso aqui, pois sei que muitos dos meus colegas também as evitam, esta semana participei de uma. E, ao menos desta vez, saí de lá com uma frase antológica.
Ao ser perguntado por uma repórter se a preparação para o espetáculo que ele está estreando aqui na cidade havia sido intensa, um ator carioca foi de uma sinceridade comovente: “Nossa, foi muito difícil. Deixei de ir à praia para decorar o texto”.
Doeu de ouvir. Mas foi mais interessante do que quase todo o resto da entrevista.
quarta-feira, setembro 03, 2008
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